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comunicação e educação

Há 30 anos, a Intercom assumia a relação Comunicação/Educação como tema de seu oitavo congresso nacional, celebrado em Indaiatuba, interior de São Paulo. Os organizadores do evento indagavam-se, em 1985, sobre os caminhos que estes dois campos viam-se na contingência de cruzar, na perseguição de seus respectivos programas de intervenção social.

 

Em 2016, a INTERCOM retoma o tema, em seu XXXIX congresso, na capital paulista, perguntando-se pela natureza dos fenômenos que emergem quando ocorre a integração interdisciplinar entre estas duas áreas do pensamento e do trabalho humano. Os caminhos que esse processo percorre precisam ser balizados pelo princípio da inclusão social e da democratização dos bens materiais e imateriais criados pela cultura.

 

Para além dos “caminhos cruzados”, nos tempos da comunicação alternativa e da educação popular, os “caminhos efetivamente integrados”, em tempos da convergência midiática! O tema do ciclo de estudos previsto para ocorrer na ECA/USP, reflete a natureza e o volume das pesquisas que se debruçaram, especialmente a partir da virada do século, sobre a interface criativa entre Comunicação e Educação, desvendando as questões delicadas da interface, procurando entender sua força transformadora numa sociedade que busca superar suas desigualdades e se debate contra a lógica integradora via os interesses de poucos no mercado. 

 

O tema reflete, ainda, os avanços que já permitiram resultados práticos com o surgimento de cursos de graduação (bacharelado e licenciatura), além de alimentar cursos de especialização lato sensu e uma consolidada linha de extensão mantida por universidades públicas e privadas, favorecendo, nos últimos 15 anos, a criação e manutenção  de políticas públicas, em níveis municipal, estadual  e federal, contribuindo significativamente para a melhoria da educação em todo o pais.

 

No ciclo de estudos do Congresso da INTERCOM 2016, a perspectiva política de uma comunicação/educação será revisitada no conteúdo da conferência de abertura bem como nas apresentações previstas para as três mesas redondas, respectivamente: “Paradigmas para a Integração”; “Caminhos para a construção da cidadania” e
“Empoderamento tecnológico para o diálogo social”.

 

No caso, às considerações em torno das virtudes das novas tecnologias, desvendadas pelas mentes brilhantes que as viabilizam e as pesquisam, sobrepõe-se o debate sobre sua apropriação, em direção às metas cidadãs que se fazem prioritárias numa sociedade que se pretende democrática e solidária.

 

O temário da INTERCOM 2016 pretende, pois, colocar em discussão subtemas de interesse imediato tanto para a ampliação do entendimento sobre as contribuições que o campo da comunicação/educação pode oferecer a um projeto de sociedade que busque a melhoria da qualidade da vida em sociedade, quanto para as pautas relativas à formação de profissionais para a comunicação e a educação, num mundo em profunda transformação.

 

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